Este mês saiu publicado na Revista "Saber Viver", um texto de "Teresa marta - Mestre em Relações de Ajuda", o qual passo a transcrever:
Não reflectirmos é darmos aos acontecimentos oportunidade de fugirem ao nosso controlo.
"JÁ PENSOU EM QUANTAS VEZES PENSA: «não quero pensar nisso!»? Que azar: ao dizermos esta simples expressão já estamos, de facto, a pensar...nisso! No entanto, estamos a fugir da reflexão. De reflectir sobre o que nos acontece. E, se o fizermos em permanência, só estamos a contribuir para adiar os nossos problemas. Não resolvemos. Adiamos. E adiamo-los para quando? Para mais tarde! Sim, mas para quando?
Quando se vai dar ao trabalho de pensar sobre os pensamentos nos quais não quer pensar? Quando for tarde de mais? Quando, entretanto, os acontecimentos tenham por si próprios, tomado um rumo, um caminho, que de repente você percebe que já não consegue controlar? Que já não consegue acompanhar? Martin Heidegger escreveu uma vez sobre o facto de existirem em nós dois tipos de pensamento: o pensamento que calcula e o pensamento que reflecte. Heidegger queria dizer que o pensamento que calcula é o pensamento imediato, o que ocorre de objectivo em objectivo, de oportunidade em oportunidade, que calcula mas que nunca pára. Ou seja, nunca chega a meditar!
Como são actuais estas palavras do filósofo pronunciadas em 1949! À semelhança desse tempo, também nós, hoje, fugimos do pensamento. E de que pensamento? Do pensamento que reflecte. Fugimos de reflectir nas coisas «Já tenho duas contas ordenado e outra vez sem dinheiro antes do final do mês...Não quero pensar nisso!»; «já é a terceira vez que inicio uma dieta e não consigo emagrecer. Apetece-me um pastel de nata. Que seja! Agora não quero pensar nisso!». E assim vamos nós. De pensamento em pensamento. Mas sem parar para reflectir.
De facto, o pensamento que reflecte custa. É difícil. Dói-nos. Faz doer nos outros. Tem impacto neles. E em nós. O pensamento que reflecte é aquele que medita sobre tudo o que nos acontece.
Se realmente está disposto a reflectir, experimente fazer algo tão simples como isto: em primeiro lugar não adie mais decisões. Nomeadamente, as que anda a tentar tomar à muito tempo. Se as pensa há tanto tempo é porque fazem sentido. Por isso aja!
Em segundo lugar, permita-se ir além dos seus pensamentos. Permita-se reflectir. Dentro dos seus limites. Sempre sem deixar de pensar e conseguir reflectir um pouco sobre o «porquê» vai estar a desenrolar mais uns quantos nós cegos que tem vindo a dar na sua vida. Arrisque reflectir.
Em terceiro lugar, se tiver pensamentos ruminantes, daqueles que estão sempre lá, das duas uma: se forem bons e não tiver coragem para os concretizar, experimente fazê-lo! Mas se os pensamentos forem maus, reflicta! Podem ser alertas. Para coisas más das quais se deve afastar. Ou para coisas boas que não anda a ver.
Finalmente, nunca, mas nunca, pense que algo lhe vai correr mal. Isso é o primeiro passo para que as coisas corram mesmo mal.
Se esse pensamento lhe surgir, reflicta: porque é que estou a pensar que isto vai correr mal? Há necessidade? Que ganho com isso?..."
BOAS REFLEXÕES!!
1 comentário:
Pois é tu ja paraste para penssar e reflectir,olhando de fora para dentro temos sempre outras prespectivas, penssa nisso, se te apetecer penssar nisso já, se não pedes pennssar mais tarde.
Bjs.
Enviar um comentário